Uma megaoperação policial realizada nesta terça-feira (27) revelou um cenário alarmante: um adolescente de apenas 15 anos era o principal líder de uma rede criminosa digital de alcance nacional, responsável por incitar automutilação, apologia ao nazismo, perseguição virtual e disseminação de pornografia infantil. Em Minas Gerais, a ação teve desdobramentos em Sete Lagoas e Caeté, onde mandados foram cumpridos.
Batizada de “Mão de Ferro 2”, a operação foi conduzida pela Polícia Civil do Mato Grosso, com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A ofensiva mobilizou equipes em 12 estados brasileiros, incluindo também Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo.
Segundo as investigações, a rede atuava principalmente por meio de plataformas digitais como WhatsApp, Telegram e Discord, onde compartilhava conteúdos de violência extrema, promovia grupos com discurso de ódio, estimulava práticas autodestrutivas e exposição pública de vítimas adolescentes. O grupo utilizava métodos de coação psicológica e ameaças para manipular emocionalmente jovens em situação de vulnerabilidade.
Em Sete Lagoas, a operação causou grande repercussão e chamou a atenção pela idade do principal envolvido. O menor foi identificado, apreendido e pode ser submetido a medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O nome da operação faz referência à resposta rigorosa das forças de segurança contra crimes virtuais de alta periculosidade, principalmente aqueles que colocam em risco a integridade física e psicológica de crianças e adolescentes.
A Polícia Civil segue investigando os demais envolvidos, e novas ações não estão descartadas. A população pode contribuir com denúncias anônimas pelo Disque 100 ou pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil.
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